Projeto cofinanciado pelo Programa LIFE
Contribuição financeira da UE 55%
LIFE20 CCA / ES / 001641

Num inquérito realizado pela ULL no âmbito do programa LIFE Garachico, a população trabalhadora do concelho mostra-se “preocupada” com os estragos causados por este fenómeno e na generalidade considera que as habitações estão mais bem preparadas do que o comércio local.

O município do norte de Garachico aceitou que terá que viver sine die com fenômenos costeiros adversos, como ondas fortes ou inundações causadas pelo mar a leva. Isso fica claro em uma pesquisa realizada pela Universidade de La Laguna no âmbito do projeto LIFE Garachico, que busca desenvolver um marco metodológico para se adaptar aos efeitos da mudança climática com a participação cidadã. Enquanto 94% acreditam que a situação na zona não vai mudar, 87% dos inquiridos reconhecem que devem preocupar-se "tanto a curto como a longo prazo", por terem experiências anteriores negativas, quer por terem sido afectados por ondas ( 23%), tempestades (16%) ou cheias derivadas de fenómenos costeiros adversos (12%). As dificuldades manifestam-se sobretudo na afluência de tráfego rodoviário, com condição 50%, e na alteração da atividade laboral e educativa, com condição 21%.

Justamente as questões relacionadas ao desenvolvimento socioeconômico são as que mais preocupam, já que em muitas ocasiões o comércio local foi afetado pela tempestade. Nesse sentido, observa-se que os garachiquenses acham que suas casas estão mais bem preparadas para os fenômenos costeiros adversos do que as empresas (73%), o que mostra que ainda há um longo caminho a percorrer nessa questão.

Entre as soluções apresentadas pelos munícipes, defende-se a adoção de um sistema de alerta de risco de cheias costeiras e, em segundo lugar, a realização de obras que modifiquem o passeio e as zonas de estacionamento. Nesse sentido, um 79% da população está predisposto a realizar as obras necessárias para poder reverter esta situação, especialmente os habitantes de Casco, El Muelle e Santo Domingo. A população inquirida considera também que algumas soluções a nível pessoal passam por estacionar as viaturas longe da zona costeira ou por prestar mais atenção aos avisos. Em termos de comunicação, a população aponta que tanto a mídia tradicional quanto as redes sociais (RRSS) são úteis para se informar sobre episódios de mar a leva. Embora o 41% dos moradores não se sinta suficientemente informado sobre os eventos meteorológicos que afetam o município, e muitos vizinhos exijam informações específicas sobre o procedimento durante esses episódios de inundação costeira. Por tudo isso, o LIFE Garachico propõe melhorias na gestão da informação e a necessidade de gerar canais para atingir segmentos específicos da cidadania, como a população mais jovem que afirma ter menos conhecimento sobre a situação. O conhecimento destes dados é da maior importância para o consórcio de onze sócios que trabalham neste projeto liderado pelo Vice-Ministério de Luta contra as Alterações Climáticas e Transição Ecológica do Governo das Canárias. Estas ações de trabalho de campo são o prelúdio para cumprir o objetivo de colocar em prática, testar, avaliar e divulgar metodologias e novas e inovadoras abordagens participativas que incluam a população municipal no contexto da proteção das áreas urbanas contra o risco de inundações costeiras e no desenvolvimento de uma estratégia de adaptação flexível para essas áreas em face da mudança climática. O LIFE Garachico, que tem um orçamento de execução de 2.638.132 euros, conta com um financiamento de 55% da União Europeia.

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